O multiplayer do mais novo Call of Duty promete

O multiplayer do mais novo Call of Duty promete

Call of Duty sempre teve campanhas sólidas (se descontarmos a curta duração do último título da franquia), mas brilhou mesmo por causa de seu multiplayer. E embora tenhamos visto muita coisa a respeito dos modos para um só jogador de Black Ops, pouco havia sido dito até agora sobre o multiplayer — até agora

 

Chutando o balde:

 

Fãs da série, não se preocupem. É preciso dizer, antes de mais nada, que o esquema característico da franquia — com níveis e progressão gradual — permanece vivo e forte, mas ganhará várias novidades. Não é para menos, já que o objetivo da Activision é fazer de Black Ops um sucesso ainda maior do que Modern Warfare 2. Palavras da própria empresa, que afirmou ter investido mais nesse projeto do que em qualquer outro — o objetivo é torná-lo o maior lançamento da indústria do entretenimento mundial, não apenas dos video games.

 

As modificações realizadas no sistema multiplayer do título são tão variadas quanto os próprios modos de jogo novos. A primeira, mais básica e mais impactante, é a existência de um novo tipo de moeda: CPs, os CoD Points. Os CPs são pontos ganhos além do tradicional sistema de experiência — dependendo do modo escolhido, você pode ser recompensado com um ou outro (ou ambos).

 

O que eles proporcionam? Basicamente, servem mesmo como uma espécie de dinheiro virtual, que pode ser utilizado para comprar melhorias e itens dentro do game de forma individual, em vez de seguir os caminhos delineados pelo sistema de evolução por experiência. Além disso, eles são utilizados em apostas nos novos modos de jogo chamados de Wager Matches (partidas de apostas).

 

 

Apostando o dinheirinho suado

As Wager Matches são compostas por quatro modos de jogo diferentes, nos quais o jogador deve apostar uma quantidade específica de seus CPs e tentar ganhar mais do que investiu ao final da partida — caso seja um dos três primeiros colocados, já que apenas esses levam recompensas, enquanto o resto não ganha nada e perde o que apostou.

 

Desses quatro modos, dois foram expostos em detalhes nas últimas semanas. Um é chamado de One in the Chamber (algo como “uma na câmara”, no sentido de apenas uma bala dentro da arma), no qual cada jogador começa a partida com somente um projétil em sua arma de fogo. Uma vez gasto, restam apenas os ataques corpo a corpo — a menos que você tenha matado alguém, já que é possível pegar as armas dos inimigos mortos.

 

O outro modo, Gun Game, também oferece a cada usuário apenas uma pistola. No entanto, a cada vez que o jogador mata um inimigo, recebe uma nova arma mais poderosa. Existem 20 níveis de armamentos, e ao matar um oponente com cada uma delas a pessoa vence a partida. Mas o caminho não é apenas para a frente: ao ser morto por facadas, o personagem volta atrás em um nível.

 

 

Variedade é o nome do jogo

Quem não é veterano da franquia também receberá tratamento especial em Black Ops. Isso porque a Treyarch está disponibilizando, pela primeira vez na série, um modo de jogo chamado Combat Training, no qual o jogador pode participar de partidas nos mapas multiplayer com oponentes controlados pela inteligência artificial. O que serve para não ser impiedosamente massacrado pelos gamers mais hardcore online — e também para explorar o mapa junto com amigos, já que eles podem se juntar a você contra o computador.

 

Não satisfeita, a desenvolvedora ainda decidiu inserir um novo modo que deve agradar imensamente aqueles que gostam de compartilhar suas experiências com outras pessoas, por meio de vídeos e imagens. Chamado de Theater, ele permite salvar automaticamente os replays e editá-los, cortando partes e personalizando o vídeo — assim como existe em outros títulos do gênero, como Halo 3.

 

 

Junte isso às novas capacidades de personalização, que foram expandidas consideravelmente, e Black Ops fornecerá novidades para todos os gostos. É possível criar seus próprios emblemas agora, para colocá-los em qualquer menu em que seu nome apareça (ou mesmo nas indicações de morte durante as partidas) e até nas armas, para que os outros possam vê-lo dentro do game. Tais modificações podem ser aplicadas também ao símbolo do clã, roupa camuflada e miras.

Novas modificações para as armas, como um lança-chamas e um míssil teleguiado (cuja trajetória é controlada pelo próprio jogador) também estão presentes, assim como os mais diferentes cenários: desde montanhas nevadas até selvas vietnamitas, passando por locais mais padronizados — como um galpão.

 

Tanto a absorver:

 

Essas são apenas algumas informações, que não englobam tudo o que Black Ops vai oferecer. Certamente parece muito, e de fato consolida a ideia de que o título pode se tornar o maior lançamento deste ano na indústria do entretenimento, mas não é preciso se preocupar de antemão: cada tipo de jogador encontrará elementos apropriados a seu estilo de jogo, e não precisará captar tudo isso de uma só vez.

 

E não é tudo: a Activision promete muito mais, já que um modo cooperativo estará presente no game, embora ainda não tenha sido revelado, e nada pode ser dito a seu respeito por enquanto — mas deve ser tão robusto como os outros, se servirem de indicativo. A única coisa que sabemos a respeito de modos cooperativos é a existência dos mapas de World at War que continham zumbis nas versões Prestige e Hardened de Black Ops.

 

Quem está ansiosamente aguardando por uma oportunidade de verificar o produto, no entanto, terá que ficar desapontado: a desenvolvedora nega que existam quaisquer planos para uma eventual versão Beta pública. Se esse for, realmente, o plano final da Activision, teremos que esperar até o dia 9 de novembro (data de lançamento do jogo) para conferir o resultado. Resta torcer para que valha a pena.